sábado, janeiro 27, 2007
Na estante - Transformação da política na era da comunicação de massa
Autor: Wilson Gomes
Editora: Paulus - www.paulus.com.br
Preço médio: R$43,00
"se começarmos por examinar o vetor que vai da política aos negócios, veremos que o mundo da política tenta conseguir, do mundo dos nengócios, doações para campanhas e/ou dinheiro para "caixinha" usando cacife eleitoral provocado por uma superexposição midiática positiva de agentes e grupos em disputa na arena política. A metáfora do cacife faz sentido à medida que, para satisfazer os cálculos de ganho e de interesse do mundo dos negócios, o agente da política em campanhas precisa parecer ter chances de vencer a eleição. Uma das formas de assegurar as suas chances é, justamente, a boa repercussão no sistema informativo da comunicação de discursos, declarações e atos do candidato"
Trecho do livro, extraído da página 150.
"estar distante dos proprietários dos meios de comunicação e dos diretores de redação, por exemplo, pode ser fatal para a sobrevivência política, mesmo para a existência política realmente muito forte no interior do campo da política"
Trecho do livro, extraído da página 160.
"há ainda o expediente da barganha entre mundo política e empresas de comunicação, em que o primeiro oferece recursos políticos, como verbas publicitárias públicas, concessões de rádio e televisão, empréstimos e financiamentos públicos, em troca do recurso midiático (exposição positiva, campanha favorável)"
Trecho do livro, extraído da página 161.
"as empresas brasileiras de comunicação sustentam-se basicamente em duas fontes: a propaganda governamental e os grandes anunciantes privados"
Trecho do livro, extraído da página 154.
"quando o governo contribui com a empresa de comunicação através da publicidade oficial, frequentemente autoriza-se a pretender retribuição na forma de boa vontade editoral"
Trecho do livro, extraído da página 161.
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Um comentário:
Vê-se que o PT, com Lula, conquista o Estado, mas não o poder, haja visto o distanciamento que ainda existe entre a nova elite governante e os grandes veículos de comunicação. A luta pela hegemonia, ou seja, pelos recursos que garantem o domínio estável no contexto das relações sociais de poder pressupõe maior controle dos aparatos ideológicos, se assim podemos denominar esse meio de reprodução da cultura nacional que se chama "mass media". Na queda de braço que assistimos, Lula ganha por causa de 1) sua política econômica e 2) sua grande identificação no meio das massas, que o reconhece como um igual dotado de honestidade de propósitos. Tudo o mais pra explicar o fenômeno é conversa pra boi dormir.
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