LICITAÇÃO DO MEC
Dez agências entregaram proposta para a licitação do Mec. Foram elas: Big Grandes Idéias, Link/Bagg, DCS, RC, Casablanca, Lew’Lara, Z+, Click, Adag e Morya. As duas últimas foram desclassificadas. Prenuncia-se um embate entre Adão Casares e Ângela Chaves. O MEC pretende anunciar o resultado até o final de janeiro.
LICITAÇÃO DO GDF
Saiu o resultado da licitação para a conta de publicidade do GDF. As vencedoras foram: AV Comunicação, Agnelo Pacheco e Dupla Comunicação, de BH. Com este resultado, o GDF atende os seus compromissos, atende também um poderoso veículo da cidade e começa a cuidar da imagem do governador. Além disso também dá razão a diversos profissionais que duvidaram das promessas feitas pelos então candidatos, no café da manhã organizado pelo Sindicato das Agências do DF no ano passado.
HABILITAÇÃO DA SECOM
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) recebeu, na segunda-feira 24/12, propostas de 36 agências de publicidade, dentre as quais 30 foram habilitadas na documentação, e participarão das etapas técnica e de preço. As agências disputarão três contratos que dividirão verba anual de R$ 150 milhões. A etapa técnica de análise das propostas se estenderá até fevereiro de 2008. Na fase de avaliação da proposta técnica, o item plano de comunicação publicitária não terá identificação do nome das agências participantes.
TCU NAS LICITAÇÕES
Por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), as agências vencedoras da concorrência pública da Secom ficarão proibidas de fazer para a Presidência da República alguns serviços. Entre eles está o assessoramento e apoio na execução de ações de assessoria de imprensa, relações públicas, promoção, patrocínios, organização de eventos, planejamento e montagem de eventos em feiras e exposições.
CAIXA ECONÔMICA
A Comissão Especial de Licitação da Caixa realizará, no dia 27 de dezembro, audiência pública para avaliar a minuta do edital da sua próxima licitação para agências de publicidade. Três semanas depois da consulta, será publicado o edital para contratação de três agências que dividirão verba anual de R$ 260 milhões. A audiência será realizada no Teatro da Caixa, às 9h30. Informações no telefone (61) 3206 9029.
LICITAÇÃO DA PETROBRÁS
As 17 agências habilitadas na concorrência pelos R$ 250 milhões anuais da verba de publicidade da Petrobras receberam na semana passada as notas de suas propostas técnicas, o que compõe 70% da pontuação para definir as três vencedoras da licitação. Nenhum dos representantes das agências identificou as respectivas notas aos demais presentes, mas estima-se que as quatro primeiras colocadas seriam a Heads, de Curitiba (lacre 033), a Quê Comunicação (lacre 036), a F/Nazca S&S (lacre 004) e a Lew Lara, com 57,4 pontos. A Euro RSCG Brasil (lacre 001) foi a única desclassificada nesta fase, por ter se identificado na proposta técnica, algo explicitamente proibido no edital.
quarta-feira, dezembro 26, 2007
quinta-feira, dezembro 20, 2007
terça-feira, dezembro 18, 2007
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Não alimente o rato!!!
O fotógrafo da Agência Estado Elton Melo clicou um placa da Prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, que proíbe jogar lixo em local vago, alertando a população para o aparecimento de ratos.
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Campanha de Utilidade Pública
quinta-feira, dezembro 13, 2007
O Sindicato e Correios
Texto de Fernando Brettas - Presidente do Sindicato das Agências de Propagando do Distrito Federal – SINAPRO/DF
O Sindicato das Agências de Propaganda do Distrito Federal foi constituído com a finalidade de coordenar e proteger a atividade econômica das agências de propaganda bem como com o objetivo de colaborar com as demais entidades e com o Poder Público, no sentido de desenvolver e manter a solidariedade social.
Tem como prerrogativas proteger os direitos e interesses individuais ou coletivos da categoria nele compreendida, perante as autoridades administrativas e judiciárias e servir, junto ao Estado, como órgão técnico e consultivo, no estudo e na solução dos problemas que se relacionam com a atividade exercida pelas agências de propaganda; e também interceder junto às autoridades competentes, objetivando rápido andamento e solução para tudo quanto diga respeito aos interesses da categoria.
Neste sentido, o Sindicato vem se pronunciar sobre uma das mais importantes licitações do Governo Federal, a da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT.
A ausência por mais de um ano do mercado deste importante anunciante, vem trazendo sérias conseqüências. Terceiro maior investidor das empresas públicas, com seus 90 milhões anuais, a volta dos Correios como anunciante é importante para a saúde econômica de todo o mercado, seja ele das agências, veículos, produtoras, gráficas e fornecedores em geral.
Sendo assim, torna-se imperativo que se encontre uma solução rápida para a concorrência, que por hora se encontra paralisada por questões jurídicas.
Em primeiro lugar, é preciso enaltecer a ECT por adotar medidas claras e objetivas que buscaram dar lisura ao processo, como a adoção das propostas apócrifas e outras sugestões sugeridas pelo Tribunal de Contas da União e prontamente acatadas pela ECT.
Porém, após a divulgação do primeiro resultado técnico, uma onda de contra-razões tomou conta do processo. As agências passaram, num processo autofágico, a levantar possíveis erros materiais que deveriam desclassificar esta ou aquela agência.
Num processo grande como o de uma proposta técnica desenvolvida para um cliente com o porte dos Correios, pequenos erros materiais não devem ser considerados.
Se os prováveis erros cometidos pelas agências não interferiram na avaliação da comissão técnica, que as pontuara como melhores, é óbvio que estes prováveis erros materiais não atrapalharam a compreensão da proposta e nem inviabilizariam a sua execução.
E mais, como é amplamente conhecido nos termos editalícios e procedimentos licitatórios, os meros erros formais devem ser desconsiderados, evitando assim excesso de formalismo e possibilitando a multiplicidade de propostas, possibilitando ao órgão licitante obter maiores benefícios com o maior número de propostas.
Sendo assim, é imperativo que esta licitação seja rapidamente encerrada, com a finalização do processo e a posterior contratação de 3 agências, independente de quem for, possibilitando aos Correios voltar a ser o importante anunciante que é, tão aguardado por todo o mercado.
Como dito anteriormente, filigranas não podem e não devem atrapalhar o conjunto de uma proposta técnica. É importante que isto fique claro, pois corremos o risco dos Correios ficarem sem agência por mais um grande período, pois dificilmente as propostas técnicas sobreviverão a tamanho rigorismo.
E, institucionalmente e mercadologicamente, os Correios estão perdendo espaço, perdendo negócios, perdendo brand, perdendo tempo e dinheiro para a concorrência.
O nosso mercado, bem como a ECT, não merecem que em 2008 esta novela se prolongue.
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Matérias sobre contratos e licitações
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Democracia e Sistema Público de Comunicação
Texto de Eugênio Bucci, publicado originalmente no O Estado de São Paulo em 10/12/2007
Para o jornalista Eugenio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, entre 2003 e 2007, e atual professor visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP, quase todos os meios públicos de comunicação no Brasil ainda são verdadeiros feudos de governantes, que os utilizam para a promoção pessoal e de seus grupos políticos. Isso só pode mudar com mais debates e maior esclarecimento da população sobre o assunto. Na entrevista a seguir, Bucci fala dos projetos de criação de uma nova TV estatal, condena os gastos com propaganda governamental, que não teriam nenhuma utilidade além da promoção dos donos do poder, e faz uma recomendação: 'O governo deve ficar longe da mediação de debates públicos.'
Como o sr. vê a montagem de uma nova rede de radiodifusão pública, a TV Brasil? Ela é necessária?
Vou responder em dois níveis. Um conceitual e outro mais prático. Conceitualmente, uma democracia precisa de uma forma de radiodifusão que não seja comercial. O espaço público, se dominado por formas de comunicação apenas comerciais, corre o risco de não ter como dar vazão a temas que não são economicamente interessantes, a conteúdos economicamente inviáveis. Um exemplo: se a TV Cultura, de São Paulo, ficar presa apenas àquilo que é lucrativo, jamais vai ter programas com orquestras sinfônicas. Esse gênero de música não tem muito apoio. Enfim, é necessária uma complementaridade entre o público e o comercial.
E a questão de ordem prática?
Não vejo sentido em perseguir um sonho de TV pública. É preciso que se trabalhe pela construção de um sistema de comunicação que conjugue rádio, TV e, sobretudo, internet. O sonho da TV pública é um sonho de 50 anos atrás, quando a Europa sai da Segunda Guerra debatendo de que forma o espaço público poderia ser protegido da colonização promovida pelo mercado e pelo capital. Um dos principais focos do debate em torno da nova emissora pública é o temor do controle e da manipulação do conteúdo. Quando alguém fala no risco de manipulação ou de uso político da comunicação pública no Brasil, eu digo que isso não é um risco, mas a regra. Sempre aconteceu. Tradicionalmente, as instituições públicas de radiodifusão são uma espécie de reserva ecológica do patrimonialismo. Um patrimonialismo simbólico, porque os governantes não se apropriam das coisas que estão lá, mas fazem com que elas trabalhem pela sua promoção pessoal. Quando comecei a tomar contato com esses lugares, percebi a existência de uma enorme quantidade de gente contratada sem concurso, por causa de afinidades políticas, não por competência.
Esse comportamento é generalizado nas televisões mantidas pelos Estados?
Quase todos os Estados da Federação têm hoje a sua rede institucional de comunicação, com rádio e televisão. E em quase todos é comum o uso político-partidário do conteúdo do que veiculam a favor do governo. É a tradição. Portanto, se existe um risco hoje no Brasil, é o de mudar esse quadro. Essas instituições precisam de transparência, de profissionalismo, de rigor administrativo - mais do que de recursos. O seu conteúdo deve ser comprometido com o direito de informação do cidadão, não servir de caixa de ressonância ou de linha auxiliar de promoção pessoal dos governantes.
A Cultura de São Paulo se encaixa nesse padrão?
Sempre existem exceções. A TV Cultura é responsável pelas melhores produções da TV pública no Brasil.
Por quê?
Porque teve momentos de autonomia de gestão, de independência. A TV Cultura tem um conselho com garantias formais de autonomia. Embora seja vulnerável a pressões do governo, esse conselho, pelas suas regras de funcionamento, pela maneira como é organizado, consegue ser independente. A Cultura é talvez o melhor exemplo que nós temos hoje de comunicação pública no Brasil.
Do que viu até agora, acha que a criação da nova rede está sendo conduzida de forma correta?
É evidente que existe a ameaça de manipulação. Mas se ela tiver - como está prometido - um conselho realmente independente, sem uma pauta governamental, é possível que no futuro o País ganhe com isso. Essa possibilidade não está fechada. Vamos esperar.
Como vê a introdução de anúncios publicitários na programação da Cultura?
Acho um erro, uma concessão estética e prática à lógica da comunicação comercial. A TV pública não deveria veicular anúncios de mercadorias e de serviços como qualquer outra TV comercial. Poderia veicular apoios institucionais, uma fórmula consagrada em vários lugares do mundo.
Ainda a TV Brasil: a idéia de sua criação ganhou corpo com as acusações, feitas pelo PT, de que a mídia distorceu fatos - especialmente na cobertura do mensalão e do dossiê Vedoin - para prejudicar o governo. Em mais de uma ocasião, falou-se na necessidade de uma contracorrente na área de informações. Como vê isso?
Essa é a pior razão do mundo para se construir uma mídia pública. Ela é necessária não porque a comunicação comercial seja de má ou de boa qualidade, mas por ser de outra natureza.
Acha que a mídia errou na cobertura dos episódios citados?
Existiram momentos de infelicidade na cobertura, mas o pior erro não aconteceu.
Qual seria?
Não ter feito a cobertura. Podem ter acontecido distorções, preconceitos, julgamentos, mas foi no interior de um movimento correto na sua essência, que é informar o público. A imprensa cumpriu seu dever de apurar, informar e levantar o debate, permitindo que as partes se manifestassem. Nos debates internos, nos setores de comunicação pública, mais de uma vez eu disse: vamos tomar mais cuidado nas restrições à imprensa, porque, se dependesse de nós, da Radiobrás e das outras emissoras públicas, o País não teria ficado sabendo do que aconteceu. As nossas ferramentas de cobertura na época chegaram atrasadas a esse evento. Depois nós fizemos uma elogiada cobertura, com mais de 3.500 matérias veiculadas pela Agência Brasil sobre o mensalão, mas é importantíssimo registrar que não foi a cobertura da Radiobrás que levantou o tema. Foi a imprensa comercial.
O governo precisa de meios para defender suas causas?
O governo deve ficar longe da função de mediar o debate público. Uma das garantias do funcionamento democrático reside justamente nesse ponto: governo governa, mas não faz a mediação do debate público. Ele não deve ter uma emissora que ponha em pauta aquilo que lhe interesse. O senhor tem se dedicado a estudar a internet.
Acha que ela deve substituir os atuais meios de comunicação, como os jornais?
A internet deveria ser comparada mais àrede elétrica do que a um meio de comunicação propriamente dito. Ela transforma informação em energia elétrica, abastecendo todos os pontos. Não é um meio de comunicação, mas um ambiente para vários meios - a mídia escrita, a publicidade, games. Você tem ali todo tipo de interconexão,de aproximação entre pólos diferentes, por meios diferentes. É um ambiente, e nesse sentido não disputa com outros meios de comunicação.
Como vê a questão da confiabilidade das informações numa rede que aceita e redistribui tudo?
Essa é questão mais fascinante. O cidadão começa a se perguntar cada vez mais, e com razão, em quem confiar? Estão surgindo respostas novas. De um lado ele tende a buscar selos de responsabilidade tradicionais - e aí os jornais saem na frente, assegurando posições, com a garantia de que a informação foi apurada e trabalhada, sem a contaminação de interesses comerciais, governamentais ou de grupos de influências. Por outro lado, existem soluções inovadoras. Um exemplo é a Wikipedia, enciclopédia elaborada anonimamente e cada vez mais mencionada como uma fonte confiável de informação. A internet traz essas possibilidades que antes não estavam postas. De qualquer maneira, o problema da credibilidade é nevrálgico.
Na Radiobrás, o senhor foi pressionado por petistas a dar uma cor mais partidária à cobertura dos fatos, numa situação que levaria à partidarização de um órgão público. Acha que o PT confunde partido com governo e Estado?
Essa confusão é outra tradição perversa da política brasileira. Está longe de ter sido inventada pelo PT. Em outras épocas, ela foi mais grave, porque envolvia partido, governo, Estado e famílias, com oligarquias que prevaleciam dentro e fora do governo, agindo como poder público, dominando meios de comunicação supostamente privados, numa promiscuidade tenebrosa. A vacina contra isso é o esclarecimento da opinião pública - por mais iluminista que pareça a formulação.
Como vê os gastos governamentais com propaganda?
Isso é no mínimo muito discutível. Em primeiro lugar porque raramente algumas dessas peças de publicidade governamental são realmente de utilidade pública. Quase sempre a utilidade pública é um pretexto, para que fique um rescaldo de imagem positiva do governo. Não se fala o nome do governante, mas se inventa um logotipo comercial, uma marca para aquela administração - sempre com a intenção de que reverta em capital eleitoral. No interior, em cidades de pequeno e médio porte, a situação é mais grave. Ali se encontra uma seqüência enorme de emissoras de rádio e pequenos jornais que não sobrevivem sem as verbas públicas dos municípios e dos Estados. Nos grandes centros, os grandes jornais atendem aos requisitos formais da independência editorial. Se o governo corta o anúncio dessas empresas, elas não vão à falência. Mas no interior o risco é grande - e, por isso, o dinheiro público jogado em veículos comerciais se converte num instrumento de pressão e de cooptação.
Por que não continuou à frente à Radiobrás?
Entrei para ficar só um governo, porque nunca tive intenção de ser administrador público de carreira e porque o rodízio é bom. Na função pública, é importante a consciência de que a gente não refunda nada, não cria, não inaugura. A gente absorve a experiência de quem veio antes, dá seqüência aos bons projetos e deixa uma perspectiva ao que vem depois. Essa ilusão de que você é fundamental só atesta que não confia na dinâmica natural das renovações da democracia.
Estende isso a todos os cargos públicos?
Todos. Inclusive à Presidência. Nada mais indigno que um presidente da República que julgue ser melhor para a sociedade a permanência dele no cargo indefinidamente. No fundo, está dizendo que a sociedade não é capaz de produzir soluções melhores do que ele.
Para o jornalista Eugenio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, entre 2003 e 2007, e atual professor visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP, quase todos os meios públicos de comunicação no Brasil ainda são verdadeiros feudos de governantes, que os utilizam para a promoção pessoal e de seus grupos políticos. Isso só pode mudar com mais debates e maior esclarecimento da população sobre o assunto. Na entrevista a seguir, Bucci fala dos projetos de criação de uma nova TV estatal, condena os gastos com propaganda governamental, que não teriam nenhuma utilidade além da promoção dos donos do poder, e faz uma recomendação: 'O governo deve ficar longe da mediação de debates públicos.'
Como o sr. vê a montagem de uma nova rede de radiodifusão pública, a TV Brasil? Ela é necessária?
Vou responder em dois níveis. Um conceitual e outro mais prático. Conceitualmente, uma democracia precisa de uma forma de radiodifusão que não seja comercial. O espaço público, se dominado por formas de comunicação apenas comerciais, corre o risco de não ter como dar vazão a temas que não são economicamente interessantes, a conteúdos economicamente inviáveis. Um exemplo: se a TV Cultura, de São Paulo, ficar presa apenas àquilo que é lucrativo, jamais vai ter programas com orquestras sinfônicas. Esse gênero de música não tem muito apoio. Enfim, é necessária uma complementaridade entre o público e o comercial.
E a questão de ordem prática?
Não vejo sentido em perseguir um sonho de TV pública. É preciso que se trabalhe pela construção de um sistema de comunicação que conjugue rádio, TV e, sobretudo, internet. O sonho da TV pública é um sonho de 50 anos atrás, quando a Europa sai da Segunda Guerra debatendo de que forma o espaço público poderia ser protegido da colonização promovida pelo mercado e pelo capital. Um dos principais focos do debate em torno da nova emissora pública é o temor do controle e da manipulação do conteúdo. Quando alguém fala no risco de manipulação ou de uso político da comunicação pública no Brasil, eu digo que isso não é um risco, mas a regra. Sempre aconteceu. Tradicionalmente, as instituições públicas de radiodifusão são uma espécie de reserva ecológica do patrimonialismo. Um patrimonialismo simbólico, porque os governantes não se apropriam das coisas que estão lá, mas fazem com que elas trabalhem pela sua promoção pessoal. Quando comecei a tomar contato com esses lugares, percebi a existência de uma enorme quantidade de gente contratada sem concurso, por causa de afinidades políticas, não por competência.
Esse comportamento é generalizado nas televisões mantidas pelos Estados?
Quase todos os Estados da Federação têm hoje a sua rede institucional de comunicação, com rádio e televisão. E em quase todos é comum o uso político-partidário do conteúdo do que veiculam a favor do governo. É a tradição. Portanto, se existe um risco hoje no Brasil, é o de mudar esse quadro. Essas instituições precisam de transparência, de profissionalismo, de rigor administrativo - mais do que de recursos. O seu conteúdo deve ser comprometido com o direito de informação do cidadão, não servir de caixa de ressonância ou de linha auxiliar de promoção pessoal dos governantes.
A Cultura de São Paulo se encaixa nesse padrão?
Sempre existem exceções. A TV Cultura é responsável pelas melhores produções da TV pública no Brasil.
Por quê?
Porque teve momentos de autonomia de gestão, de independência. A TV Cultura tem um conselho com garantias formais de autonomia. Embora seja vulnerável a pressões do governo, esse conselho, pelas suas regras de funcionamento, pela maneira como é organizado, consegue ser independente. A Cultura é talvez o melhor exemplo que nós temos hoje de comunicação pública no Brasil.
Do que viu até agora, acha que a criação da nova rede está sendo conduzida de forma correta?
É evidente que existe a ameaça de manipulação. Mas se ela tiver - como está prometido - um conselho realmente independente, sem uma pauta governamental, é possível que no futuro o País ganhe com isso. Essa possibilidade não está fechada. Vamos esperar.
Como vê a introdução de anúncios publicitários na programação da Cultura?
Acho um erro, uma concessão estética e prática à lógica da comunicação comercial. A TV pública não deveria veicular anúncios de mercadorias e de serviços como qualquer outra TV comercial. Poderia veicular apoios institucionais, uma fórmula consagrada em vários lugares do mundo.
Ainda a TV Brasil: a idéia de sua criação ganhou corpo com as acusações, feitas pelo PT, de que a mídia distorceu fatos - especialmente na cobertura do mensalão e do dossiê Vedoin - para prejudicar o governo. Em mais de uma ocasião, falou-se na necessidade de uma contracorrente na área de informações. Como vê isso?
Essa é a pior razão do mundo para se construir uma mídia pública. Ela é necessária não porque a comunicação comercial seja de má ou de boa qualidade, mas por ser de outra natureza.
Acha que a mídia errou na cobertura dos episódios citados?
Existiram momentos de infelicidade na cobertura, mas o pior erro não aconteceu.
Qual seria?
Não ter feito a cobertura. Podem ter acontecido distorções, preconceitos, julgamentos, mas foi no interior de um movimento correto na sua essência, que é informar o público. A imprensa cumpriu seu dever de apurar, informar e levantar o debate, permitindo que as partes se manifestassem. Nos debates internos, nos setores de comunicação pública, mais de uma vez eu disse: vamos tomar mais cuidado nas restrições à imprensa, porque, se dependesse de nós, da Radiobrás e das outras emissoras públicas, o País não teria ficado sabendo do que aconteceu. As nossas ferramentas de cobertura na época chegaram atrasadas a esse evento. Depois nós fizemos uma elogiada cobertura, com mais de 3.500 matérias veiculadas pela Agência Brasil sobre o mensalão, mas é importantíssimo registrar que não foi a cobertura da Radiobrás que levantou o tema. Foi a imprensa comercial.
O governo precisa de meios para defender suas causas?
O governo deve ficar longe da função de mediar o debate público. Uma das garantias do funcionamento democrático reside justamente nesse ponto: governo governa, mas não faz a mediação do debate público. Ele não deve ter uma emissora que ponha em pauta aquilo que lhe interesse. O senhor tem se dedicado a estudar a internet.
Acha que ela deve substituir os atuais meios de comunicação, como os jornais?
A internet deveria ser comparada mais àrede elétrica do que a um meio de comunicação propriamente dito. Ela transforma informação em energia elétrica, abastecendo todos os pontos. Não é um meio de comunicação, mas um ambiente para vários meios - a mídia escrita, a publicidade, games. Você tem ali todo tipo de interconexão,de aproximação entre pólos diferentes, por meios diferentes. É um ambiente, e nesse sentido não disputa com outros meios de comunicação.
Como vê a questão da confiabilidade das informações numa rede que aceita e redistribui tudo?
Essa é questão mais fascinante. O cidadão começa a se perguntar cada vez mais, e com razão, em quem confiar? Estão surgindo respostas novas. De um lado ele tende a buscar selos de responsabilidade tradicionais - e aí os jornais saem na frente, assegurando posições, com a garantia de que a informação foi apurada e trabalhada, sem a contaminação de interesses comerciais, governamentais ou de grupos de influências. Por outro lado, existem soluções inovadoras. Um exemplo é a Wikipedia, enciclopédia elaborada anonimamente e cada vez mais mencionada como uma fonte confiável de informação. A internet traz essas possibilidades que antes não estavam postas. De qualquer maneira, o problema da credibilidade é nevrálgico.
Na Radiobrás, o senhor foi pressionado por petistas a dar uma cor mais partidária à cobertura dos fatos, numa situação que levaria à partidarização de um órgão público. Acha que o PT confunde partido com governo e Estado?
Essa confusão é outra tradição perversa da política brasileira. Está longe de ter sido inventada pelo PT. Em outras épocas, ela foi mais grave, porque envolvia partido, governo, Estado e famílias, com oligarquias que prevaleciam dentro e fora do governo, agindo como poder público, dominando meios de comunicação supostamente privados, numa promiscuidade tenebrosa. A vacina contra isso é o esclarecimento da opinião pública - por mais iluminista que pareça a formulação.
Como vê os gastos governamentais com propaganda?
Isso é no mínimo muito discutível. Em primeiro lugar porque raramente algumas dessas peças de publicidade governamental são realmente de utilidade pública. Quase sempre a utilidade pública é um pretexto, para que fique um rescaldo de imagem positiva do governo. Não se fala o nome do governante, mas se inventa um logotipo comercial, uma marca para aquela administração - sempre com a intenção de que reverta em capital eleitoral. No interior, em cidades de pequeno e médio porte, a situação é mais grave. Ali se encontra uma seqüência enorme de emissoras de rádio e pequenos jornais que não sobrevivem sem as verbas públicas dos municípios e dos Estados. Nos grandes centros, os grandes jornais atendem aos requisitos formais da independência editorial. Se o governo corta o anúncio dessas empresas, elas não vão à falência. Mas no interior o risco é grande - e, por isso, o dinheiro público jogado em veículos comerciais se converte num instrumento de pressão e de cooptação.
Por que não continuou à frente à Radiobrás?
Entrei para ficar só um governo, porque nunca tive intenção de ser administrador público de carreira e porque o rodízio é bom. Na função pública, é importante a consciência de que a gente não refunda nada, não cria, não inaugura. A gente absorve a experiência de quem veio antes, dá seqüência aos bons projetos e deixa uma perspectiva ao que vem depois. Essa ilusão de que você é fundamental só atesta que não confia na dinâmica natural das renovações da democracia.
Estende isso a todos os cargos públicos?
Todos. Inclusive à Presidência. Nada mais indigno que um presidente da República que julgue ser melhor para a sociedade a permanência dele no cargo indefinidamente. No fundo, está dizendo que a sociedade não é capaz de produzir soluções melhores do que ele.
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Entrevistas
terça-feira, dezembro 04, 2007
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Governo Lula reduz verba publicitária em 2007
Matéria de Alexandre Zaghi Lemos, publicada no site Meio e Mensagem - www.meioemensagem.com.br
Pela primeira vez, desde o início do primeiro mandato do presidente Lula, o governo federal deve fechar o ano com um investimento em mídia menor que o do exercício anterior. Estimativa da Secretaria de Comunicação Social (Secom) prevê que a publicidade estatal irá contabilizar pouco mais de R$ 800 milhões em compra de espaços publicitários em 2007, o que representaria queda de 25% em relação ao efetivado em 2006. Esse total não inclui publicidade legal, verbas de produção e patrocínios - o que pode fazer com que o investimento total em comunicação ultrapasse a casa do R$ 1,6 bilhão.
No que diz respeito à compra de mídia, que permite um comparativo histórico a partir dos dados do Instituto para Acompanhamento da Publicidade (IAP), a última queda ocorreu justamente na comparação do primeiro ano de mandato de Lula com o último de Fernando Henrique Cardoso (queda de 12% dos R$ 761 milhões de 2002 para os R$ 668 milhões de 2003). Desde então, iniciou-se uma trajetória ascendente: R$ 956 milões, em 2004; R$ 966 milhões em 2005; culminando com o recorde do ano passado, quando o investimento em mídia do governo federal ultrapassou a barreira do R$ 1 bilhão.
Segundo o subsecretário de comunicação integrada da Secom, José Otaviano Pereira, a queda verificada em 2007 deve-se a dois fatores principais. A Lei de Diretrizes Orçamentárias determinou corte de 10% nos investimentos da administração direta. "Com isso, a verba que era de R$ 330 milhões caiu por volta de 12%, já que procuramos ficar um pouco acima do índice limite para não extrapolar o que a lei determina", ressalta Pereira.
Além disso, segundo ele, algumas estatais estão investindo menos neste ano, mais notadamente os Correios, que estão sem agência de publicidade desde dezembro de 2006, quando o TCU determinou a não-renovação dos contratos com Giovanni+DraftFCB e Link, iniciados em 2003. Como não conseguiu encerrar a licitação com a qual tenta escolher novas parceiras, e que atualmente está parada por determinação da justiça, a estatal, que tem verba anual de R$ 90 milhões, simplesmente ficou fora da mídia em 2007.
Os últimos dados oficiais disponíveis, a partir do processamento pelo IAP dos pedidos de inserção (PIs) enviados pelas agências aos veículos, foram atualizados no dia 6 de setembro. Até aquela data, o governo federal havia investido pouco mais de R$ 400 milhões, sendo 67% em televisão; 9,6% em jornal; 9% em revista; 6,6% em rádio; 1,6% em internet; 0,2% em outdoor; e 5,6% em outras alternativas. Como a previsão é a de atingir o dobro dessa cifra até o fim do ano, fica claro que está havendo uma concentração no último quadrimestre.
"Boa parte dos recursos foi destinada a veiculações na época dos Jogos Pan-americanos, realizados em julho. Portanto, é possível que muitos desses pedidos de inserção tenham sido processados em setembro. Além disso, para as estatais que concorrem no mercado, há uma natural maior presença na mídia no segundo semestre", frisa Pereira.
No caso específico da verba da Secom, dos R$ 98 milhões previstos para 2007, R$ 40 milhões estão sendo destinados para a atual campanha "Mais Brasil para mais brasileiros", iniciada em outubro e desenvolvida em conjunto pelas agências Lew'Lara e Matisse. A iniciativa privilegia investimentos em rádio e internet - o que deve mudar a divisão da verba entre as mídias até o fim do ano. Desde 16 de outubro a campanha veicula programetes diários de 90 segundos em 1,1 mil rádios brasileiras, projeto previsto para durar até o dia 31 de dezembro.
"Nossa perspectiva é a de que o governo continue atuando com uma comunicação mais sistematizada e menos fragmentada, não privilegiando ações pontuais, a não ser nos casos sazonais, como os de campanhas de vacinação do Ministério da Saúde, por exemplo. A comunicação governamental como um todo precisa ser tratada como um esforço integrado", aponta Pereira. Ele ressalta ainda que o governo está conseguindo atuar com um planejamento mais bem estruturado. "Temos trabalhado com mais prazos para a produção e feito reservas de mídia com mais de 20 dias de antecedência", exemplifica.
A administração direta prepara para dezembro o início de duas grandes licitações para escolha de agências de publicidade. No dia 17, a Secom recebe as propostas das interessadas em uma das três vagas disponíveis para o atendimento de sua conta, estimada em R$ 150 milhões. E no dia 18 será a vez do Ministério da Educação, atualmente atendido por Casablanca e Lew'Lara, iniciar a concorrência pela sua verba publicitária.
Pela primeira vez, desde o início do primeiro mandato do presidente Lula, o governo federal deve fechar o ano com um investimento em mídia menor que o do exercício anterior. Estimativa da Secretaria de Comunicação Social (Secom) prevê que a publicidade estatal irá contabilizar pouco mais de R$ 800 milhões em compra de espaços publicitários em 2007, o que representaria queda de 25% em relação ao efetivado em 2006. Esse total não inclui publicidade legal, verbas de produção e patrocínios - o que pode fazer com que o investimento total em comunicação ultrapasse a casa do R$ 1,6 bilhão.
No que diz respeito à compra de mídia, que permite um comparativo histórico a partir dos dados do Instituto para Acompanhamento da Publicidade (IAP), a última queda ocorreu justamente na comparação do primeiro ano de mandato de Lula com o último de Fernando Henrique Cardoso (queda de 12% dos R$ 761 milhões de 2002 para os R$ 668 milhões de 2003). Desde então, iniciou-se uma trajetória ascendente: R$ 956 milões, em 2004; R$ 966 milhões em 2005; culminando com o recorde do ano passado, quando o investimento em mídia do governo federal ultrapassou a barreira do R$ 1 bilhão.
Segundo o subsecretário de comunicação integrada da Secom, José Otaviano Pereira, a queda verificada em 2007 deve-se a dois fatores principais. A Lei de Diretrizes Orçamentárias determinou corte de 10% nos investimentos da administração direta. "Com isso, a verba que era de R$ 330 milhões caiu por volta de 12%, já que procuramos ficar um pouco acima do índice limite para não extrapolar o que a lei determina", ressalta Pereira.
Além disso, segundo ele, algumas estatais estão investindo menos neste ano, mais notadamente os Correios, que estão sem agência de publicidade desde dezembro de 2006, quando o TCU determinou a não-renovação dos contratos com Giovanni+DraftFCB e Link, iniciados em 2003. Como não conseguiu encerrar a licitação com a qual tenta escolher novas parceiras, e que atualmente está parada por determinação da justiça, a estatal, que tem verba anual de R$ 90 milhões, simplesmente ficou fora da mídia em 2007.
Os últimos dados oficiais disponíveis, a partir do processamento pelo IAP dos pedidos de inserção (PIs) enviados pelas agências aos veículos, foram atualizados no dia 6 de setembro. Até aquela data, o governo federal havia investido pouco mais de R$ 400 milhões, sendo 67% em televisão; 9,6% em jornal; 9% em revista; 6,6% em rádio; 1,6% em internet; 0,2% em outdoor; e 5,6% em outras alternativas. Como a previsão é a de atingir o dobro dessa cifra até o fim do ano, fica claro que está havendo uma concentração no último quadrimestre.
"Boa parte dos recursos foi destinada a veiculações na época dos Jogos Pan-americanos, realizados em julho. Portanto, é possível que muitos desses pedidos de inserção tenham sido processados em setembro. Além disso, para as estatais que concorrem no mercado, há uma natural maior presença na mídia no segundo semestre", frisa Pereira.
No caso específico da verba da Secom, dos R$ 98 milhões previstos para 2007, R$ 40 milhões estão sendo destinados para a atual campanha "Mais Brasil para mais brasileiros", iniciada em outubro e desenvolvida em conjunto pelas agências Lew'Lara e Matisse. A iniciativa privilegia investimentos em rádio e internet - o que deve mudar a divisão da verba entre as mídias até o fim do ano. Desde 16 de outubro a campanha veicula programetes diários de 90 segundos em 1,1 mil rádios brasileiras, projeto previsto para durar até o dia 31 de dezembro.
"Nossa perspectiva é a de que o governo continue atuando com uma comunicação mais sistematizada e menos fragmentada, não privilegiando ações pontuais, a não ser nos casos sazonais, como os de campanhas de vacinação do Ministério da Saúde, por exemplo. A comunicação governamental como um todo precisa ser tratada como um esforço integrado", aponta Pereira. Ele ressalta ainda que o governo está conseguindo atuar com um planejamento mais bem estruturado. "Temos trabalhado com mais prazos para a produção e feito reservas de mídia com mais de 20 dias de antecedência", exemplifica.
A administração direta prepara para dezembro o início de duas grandes licitações para escolha de agências de publicidade. No dia 17, a Secom recebe as propostas das interessadas em uma das três vagas disponíveis para o atendimento de sua conta, estimada em R$ 150 milhões. E no dia 18 será a vez do Ministério da Educação, atualmente atendido por Casablanca e Lew'Lara, iniciar a concorrência pela sua verba publicitária.
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Matérias sobre publicidade de Governo
quinta-feira, novembro 29, 2007
Jovens são tema de campanha para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids
Este ano, os jovens de 13 a 24 anos são o tema da campanha do Ministério da Saúde para o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lançada anteontem aqui em Brasília, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Com o slogan "Sua atitude tem muita força na luta contra a Aids", a campanha pretende afirmar os direitos do jovem de viver sua sexualidade e de ter acesso ao preservativo e a informação. O foco são as mulheres e os homossexuais dessa faixa etária. A protagonista da campanha é a cantora Negra Li. Ela está em 102 mil cartazes, canta um rap no spot de rádio e aparece nos dois filmes que serão exibidos de 27 de novembro a 5 de dezembro.
Os dois filmes da campanha têm 30 segundos de duração, cada. Em um deles, a mãe orienta a filha a usar preservativo com o namorado e a moça diz que a mãe também precisa se cuidar. No outro filme, a mãe tira uma camisinha da bolsa e entrega ao filho antes dele sair de casa e o pai lembra o garoto de que o namorado dele pode não ter o preservativo. Nas duas peças, Negra Li encerra dizendo o slogan da campanha. Para as rádios, foi elaborado um spot de 45 segundos, no qual Negra Li canta um rap lembrando na necessidade de usar preservativo.
Os 102 mil cartazes estão divididos em três tipos de mensagens para jovens: os que têm HIV e aids, as mulheres e os homossexuais – que depois de cinco anos voltam a ter uma campanha específica de prevenção da aids. Para cada tipo de cartaz, foram feitas 34 mil unidades. O material gráfico não será datado, para poder ser usado em outras oportunidades.
Pela primeira vez, será lançado um site específico para a campanha do Dia Mundial. O endereço www.qualsuaatitude.com.br terá informações sobre a história do Dia Mundial e um jogo com perguntas e respostas sobre doenças sexualmente transmissíveis e aids, conduzido por Negra Li. Quem erra a resposta, pode tirar as dúvidas em vídeos com o Doutor Pinto, quadro que tem como responsável o médico Valdir Pinto, do Programa Nacional de DST e Aids.
No site, o internauta também pode criar um boneco virtual, que participará de mobilização de combate à aids em páginas voltadas para o público homossexual e sites de notícias, de relacionamentos e de comunicação instantânea. A página, que ficará acessível por seis meses, também será alimentada por dois jovens multiplicadores do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas: Ivens Reyner, 17 anos, de Lavras (MG), e Karina Xavier, 25 anos, de Abreu e Lima (PE).
No site do Programa Nacional de DST e Aids (PN-DST/AIDS), haverá uma página específica – www.aids.gov.br/diamundial – para notícias relacionadas aos eventos do Dia Mundial promovidos por estados, municípios e organizações da sociedade civil. Essas ações incluem a divulgação de campanhas locais e a promoção do uso do preservativo. Para as ações do Dia Mundial, o Ministério da Saúde enviou 8 milhões de unidades preservativos para estados, municípios e ONG parceiras.
Como acontece desde 2005, o tema escolhido para o Dia Mundial tem continuidade nas ações do ano seguinte. Assim, a campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval de 2008 voltará a enfocar o público jovem. O tema da campanha deste ano foi aprovado pelo Grupo de Trabalho de Comunicação do PN-DST/AIDS, uma instância consultiva e não deliberativa formada por oito pessoas, entre gestores e representantes de ONG e do movimento de pessoas que vivem com HIV e aids.
Para acessar os materiais da campanha (vídeos, cartazes e spot) e a quantidade de cartazes enviadas para estados e instituições parceiras, entre no endereço www.aids.gov.br, clique em “DST e aids na mídia” e, depois, em “Campanhas”.
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Campanha de Utilidade Pública
segunda-feira, novembro 26, 2007
Governo Lula reduz em 24% gastos publicitários em 2007
Texto de ANDRÉA MICHAEL e ANGELA PINHO - DA SUCURSAL DA FOLHA DE S.PAULO EM BRASÍLIA
O governo federal reduziu em 24% os gastos com publicidade em 2007, em relação ao ano passado. Até o final de dezembro, segundo estimativa da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), serão investidos R$ 966,32 milhões, contra R$ 1,27 bilhão desembolsados em 2006 - ano da reeleição.
Desde o início da gestão petista, em 2003, este é o primeiro ano em que se registra queda nos gastos com publicidade do governo federal -item que vinha em trajetória ascendente.
Os valores dos contratos renovados ou licitados em 2007, contudo, registraram aumento - embora o governo diga que eles não serão realizados integralmente neste ano.
Para um período de 12 meses de prestação de serviços -entre 2007 e 2008- houve autorização para gastar R$ 1,36 bilhão em campanhas publicitárias, conforme consulta feita pela Folha a 78 órgãos da administração pública federal direta e indireta.
Para serviços de assessoria de imprensa, comunicação e relações públicas, as repartições pesquisadas informaram que estão autorizadas a gastar outros R$ 21,4 milhões até 2008. Se forem incluídos na conta os gastos com patrocínios oficiais e com a publicidade legal (divulgação de balanços e editais), a conta aumenta para R$ 1,65 bilhão, mas o número não é comparável com a série histórica da Secom.
Para financiar atletas, projetos de ONGs, programas e eventos culturais, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Correios e Petrobras investem, juntas, R$ 583,75 milhões em 2007. Em relação à publicidade legal, a Radiobrás informou que, até o dia 23 de novembro, a despesa ficou em R$ 100,23 milhões.
A principal explicação para a redução dos gastos de campanhas publicitárias foi a determinação, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de um corte de 10% neste tipo de despesa, segundo José Otaviano Pereira, secretário de Comunicação Integrada da Secom.
Também causou impacto no resultado o fato da estatal Correios não ter investido nada em publicidade ao longo de 2007. A disposição da empresa é firmar um contrato de R$ 90 milhões. O edital foi publicado em fevereiro deste ano, mas o processo licitatório acabou suspenso pelo 1º Tribunal Regional Federal após reclamações de agências que entraram na concorrência.
Banco do Brasil
Some-se a isso o emagrecimento da conta publicitária do Banco do Brasil, que passou de R$ 275 milhões gastos em 2006 para R$ 179,86 milhões para este ano investidos até setembro.
A maior verba publicitária da administração direta é a da Secom, que vai despender R$ 150 milhões em campanhas de interesse institucional. A abertura das propostas para a renovação do contrato em curso, de mesmo valor, está marcada para o dia 17 de dezembro.
Ao longo de 2007, a campanha mais expressiva da Secom foi a "Mais Brasil para mais brasileiros". A um custo de R$ 38 milhões, seu alvo foi ampliar o conhecimento da sociedade sobre os programas e as políticas públicas do governo.
Depois da Secom, o ministério com maior orçamento para a publicidade é o da Saúde - R$ 95 milhões. A maior campanha realidade neste ano foi sobre a dengue, com investimento de R$ 8 milhões. Em segundo lugar vem o Ministério do Turismo, com autorização para gastar R$ 40 milhões. Terceiro colocado, o Ministério da Educação abriu licitação para firmar um contrato de R$ 18 milhões para 12 meses. É mais que o dobro do que foi gasto neste ano - R$ 8,8 milhões.
Na administração indireta, a vencedora no quesito maior contrato e maior investimento em patrocínio é a Petrobras.
A estatal abriu neste ano licitação para a contratação de três agências, no valor de R$ 250 milhões. O investimento em patrocínio ficou em R$ 348 milhões.
Fiscalização
A publicidade do governo federal foi alvo de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) após a CPI dos Correios. A análise apontou prejuízos de R$ 106 milhões aos cofres públicos. Também listou 19 irregularidades nos contratos, como pagamento de serviços não executados, contratação de serviços com propostas fraudulentas e despesas acima dos limites orçamentários. O processo está em fase de recurso.
O governo federal reduziu em 24% os gastos com publicidade em 2007, em relação ao ano passado. Até o final de dezembro, segundo estimativa da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), serão investidos R$ 966,32 milhões, contra R$ 1,27 bilhão desembolsados em 2006 - ano da reeleição.
Desde o início da gestão petista, em 2003, este é o primeiro ano em que se registra queda nos gastos com publicidade do governo federal -item que vinha em trajetória ascendente.
Os valores dos contratos renovados ou licitados em 2007, contudo, registraram aumento - embora o governo diga que eles não serão realizados integralmente neste ano.
Para um período de 12 meses de prestação de serviços -entre 2007 e 2008- houve autorização para gastar R$ 1,36 bilhão em campanhas publicitárias, conforme consulta feita pela Folha a 78 órgãos da administração pública federal direta e indireta.
Para serviços de assessoria de imprensa, comunicação e relações públicas, as repartições pesquisadas informaram que estão autorizadas a gastar outros R$ 21,4 milhões até 2008. Se forem incluídos na conta os gastos com patrocínios oficiais e com a publicidade legal (divulgação de balanços e editais), a conta aumenta para R$ 1,65 bilhão, mas o número não é comparável com a série histórica da Secom.
Para financiar atletas, projetos de ONGs, programas e eventos culturais, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Correios e Petrobras investem, juntas, R$ 583,75 milhões em 2007. Em relação à publicidade legal, a Radiobrás informou que, até o dia 23 de novembro, a despesa ficou em R$ 100,23 milhões.
A principal explicação para a redução dos gastos de campanhas publicitárias foi a determinação, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de um corte de 10% neste tipo de despesa, segundo José Otaviano Pereira, secretário de Comunicação Integrada da Secom.
Também causou impacto no resultado o fato da estatal Correios não ter investido nada em publicidade ao longo de 2007. A disposição da empresa é firmar um contrato de R$ 90 milhões. O edital foi publicado em fevereiro deste ano, mas o processo licitatório acabou suspenso pelo 1º Tribunal Regional Federal após reclamações de agências que entraram na concorrência.
Banco do Brasil
Some-se a isso o emagrecimento da conta publicitária do Banco do Brasil, que passou de R$ 275 milhões gastos em 2006 para R$ 179,86 milhões para este ano investidos até setembro.
A maior verba publicitária da administração direta é a da Secom, que vai despender R$ 150 milhões em campanhas de interesse institucional. A abertura das propostas para a renovação do contrato em curso, de mesmo valor, está marcada para o dia 17 de dezembro.
Ao longo de 2007, a campanha mais expressiva da Secom foi a "Mais Brasil para mais brasileiros". A um custo de R$ 38 milhões, seu alvo foi ampliar o conhecimento da sociedade sobre os programas e as políticas públicas do governo.
Depois da Secom, o ministério com maior orçamento para a publicidade é o da Saúde - R$ 95 milhões. A maior campanha realidade neste ano foi sobre a dengue, com investimento de R$ 8 milhões. Em segundo lugar vem o Ministério do Turismo, com autorização para gastar R$ 40 milhões. Terceiro colocado, o Ministério da Educação abriu licitação para firmar um contrato de R$ 18 milhões para 12 meses. É mais que o dobro do que foi gasto neste ano - R$ 8,8 milhões.
Na administração indireta, a vencedora no quesito maior contrato e maior investimento em patrocínio é a Petrobras.
A estatal abriu neste ano licitação para a contratação de três agências, no valor de R$ 250 milhões. O investimento em patrocínio ficou em R$ 348 milhões.
Fiscalização
A publicidade do governo federal foi alvo de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) após a CPI dos Correios. A análise apontou prejuízos de R$ 106 milhões aos cofres públicos. Também listou 19 irregularidades nos contratos, como pagamento de serviços não executados, contratação de serviços com propostas fraudulentas e despesas acima dos limites orçamentários. O processo está em fase de recurso.
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Matérias sobre comunicação de Governo
domingo, novembro 25, 2007
Logomarca 3ª Conferência das Cidades
No período de 25 a 29 de novembro de 2007 será realizada a 3ª Conferência Nacional das Cidades com o Lema “Desenvolvimento urbano com participação popular e justiça social” e o Tema “Avançando na gestão democrática das cidades”. A preocupação central da 3ª Conferência é continuar com a construção da PNDU para o país, sem deixar de abordar temas centrais relacionados ao cotidiano da gestão do poder público nas três esferas de governo.
Nessa 3ª Conferência, o debate em torno do tema busca promover a reflexão acerca de como as políticas e investimentos nos três níveis de governo na área da política urbana estão contribuindo para reverter a lógica da desigualdade e da exclusão territorial, bem como para reverter a lógica de fragmentação e desarticulação das intervenções setoriais e inter-governamentais. Tal discussão chama a atenção, sobretudo, para a importância da integração das políticas setoriais e das ações governamentais na área de desenvolvimento urbano, para o enfrentamento dos problemas que acometem as cidades brasileiras.
Ao trazer a discussão para a ótica das realidades em âmbito local, a proposta também vislumbra a reflexão acerca da capacidade de gestão dos governos, ou seja, um debate sobre a capacidade de planejar o desenvolvimento das cidades e suas intervenções de forma integrada e com participação social. Este enfoque da participação social será aprofundado por meio do debate da construção do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano, entendido como o principal mecanismo para viabilizar a gestão democrática da PNDU.
sábado, novembro 10, 2007
quarta-feira, novembro 07, 2007
A indignação de Brasília
Texto de Fernando Brettas
Mensalão, corrupção, sanguessugas, vampiros, CPIs, caos aéreo, leite adulterado, propinas, lobistas bancando despesas de autoridades, toma-lá-dá-cá como espinha dorsal da relação Executivo-Legislativo, Conselho de Ética (sic), Justiça que concede liberdade a criminosos e colabora indiretamente para a impunidade, dengue, superfaturamento de obras, greves do serviço público, valerioduto...
Esses assuntos foram coletados ao longo de apenas uma semana de leitura de sites e também de jornais e revistas de circulação nacional. Em comum entre eles, o fato de todas as matérias trazerem a palavra “Brasília”.
Menos de 5% da população brasileira já visitou a capital federal. Ou seja, mais de 90% dos brasileiros só conhecem a Brasília retratada pelos meios de comunicação, que trazem diariamente notícias como as mencionadas acima, induzindo a opinião pública a formar uma imagem negativa da cidade. A julgar pelo noticiário, o brasileiro não tem nenhum motivo para se orgulhar da capital de seu país.
Poucos se dão conta de que Brasília não é a culpada pelas mazelas que nela se praticam. A cidade foi criada para abrigar o núcleo político-administrativo nacional, representando um conjunto do que é o Brasil, seus representantes, diferentes sotaques, manifestações culturais e de pensamento. Se esse núcleo apresenta imperfeições, em nada contribui para isso o local em que se situa. Tanto que quando esteve alojado no Rio de Janeiro ou na Bahia, seu desempenho foi eivado de ocorrências tão questionáveis e lamentáveis como as de hoje. Ou alguém é ingênuo a ponto de imaginar que a corrupção e outros desvios no serviço público começaram no país em abril de 1960, com a inauguração de Brasília?
Na verdade, “o conjunto do que é o Brasil”, aí incluído o elenco de parlamentares que os eleitores de todas as partes do país mandam para cá, é que desagrada aos brasileiros. Não a cidade de Brasília, que, em 47 anos, cresceu e se desenvolveu e é uma das melhores para se viver no Brasil. Uma cidade que reúne uma maioria de pessoas honestas, trabalhadoras e também indignadas ao verem manchada a imagem da sua terra, da “capital de todos os brasileiros”. Claro que ela tem seus defeitos, tem seus corruptos, mas isso todas as cidades os têm. Só que Brasília paga um preço mais alto por ser a capital federal.
A cidade carrega o estigma de dar guarida à roubalheira, às mazelas, às maracutaias, e os brasilienses – as gerações que aqui nasceram e os originários de outras regiões que constituíram família e desenvolveram suas carreiras profissionais neste pedaço do Brasil – acabam sendo co-responsabilizados pelos demais brasileiros.
É muito comum serem chamados de “marajás”, de “lobistas” (no mau sentido da palavra) ou serem questionados jocosamente sobre seu possível envolvimento em cada novo caso de corrupção revelado, além de ouvirem outros comentários desabonadores. São vítimas desse preconceito os padeiros, os jornalistas, os executivos, os pequenos empresários, enfim, um grande número de profissionais e cidadãos que, muitas vezes, não mantêm nenhuma relação direta ou indireta com o poder. Apenas vivem na cidade, ao contrário de muitos protagonistas de escândalos, que usam a capital como palco para suas negociatas, mas têm residência fixa em outros locais. Basta ver o exemplo de políticos mensaleiros, ora processados no Supremo Tribunal Federal, reeleitos com a benção dos mesmos brasileiros que atribuem a Brasília a raiz dos problemas nacionais.
Recuperar e valorizar a imagem do “conjunto do que é o Brasil” é o que os brasilienses pretendem com a mobilização da sociedade civil que será iniciada neste 7 de novembro, sem interferência de políticos ou entes governamentais. A campanha Brasília, meu amor é inspirada no movimento semelhante I love New York, que estabeleceu um marco na história daquela metrópole. Guarda algumas semelhanças com o projeto norte-americano, mas extrapola iniciativas como o Cansei e outros movimentos liderados pela população insatisfeita com esta ou aquela questão. Nossa campanha não se restringe a um período de duração, nem está orientada para a realização de protestos. Pelo contrário, quer trazer à tona discussões sobre o que é preciso fazer para a capital brasileira ser mais respeitada no contexto nacional.
Reside aí a grande força da campanha, que poderá gerar uma onda positiva para o Brasil. Ao mexer diretamente com conceitos que também vão despertar o patriotismo, queremos aflorar no brasileiro um sentimento mais intenso: que ele passe a enxergar com melhores olhos não apenas a capital, mas seu país como um todo. Por isso, os organizadores de Brasília, meu amor – entidades que representam setores produtivos – esperam contagiar outras cidades a fazerem o mesmo: promoverem manifestações, discutirem o futuro de suas regiões, identificarem o que está errado e proporem soluções, além de pressionarem os dirigentes públicos a tomarem atitudes que atendam aos anseios populares. Tanto é assim que a campanha terá sua fase inicial restrita a Brasília, mas, em seguida, ganhará espaço nas demais regiões. A indignação dos brasilienses pretende se transformar em motivo de orgulho de todos os brasileiros.
Fernando Brettas, 45 anos, é presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Distrito Federal (Sinapro/DF) e um dos coordenadores da campanha “Brasília, meu amor”.
Mensalão, corrupção, sanguessugas, vampiros, CPIs, caos aéreo, leite adulterado, propinas, lobistas bancando despesas de autoridades, toma-lá-dá-cá como espinha dorsal da relação Executivo-Legislativo, Conselho de Ética (sic), Justiça que concede liberdade a criminosos e colabora indiretamente para a impunidade, dengue, superfaturamento de obras, greves do serviço público, valerioduto...
Esses assuntos foram coletados ao longo de apenas uma semana de leitura de sites e também de jornais e revistas de circulação nacional. Em comum entre eles, o fato de todas as matérias trazerem a palavra “Brasília”.
Menos de 5% da população brasileira já visitou a capital federal. Ou seja, mais de 90% dos brasileiros só conhecem a Brasília retratada pelos meios de comunicação, que trazem diariamente notícias como as mencionadas acima, induzindo a opinião pública a formar uma imagem negativa da cidade. A julgar pelo noticiário, o brasileiro não tem nenhum motivo para se orgulhar da capital de seu país.
Poucos se dão conta de que Brasília não é a culpada pelas mazelas que nela se praticam. A cidade foi criada para abrigar o núcleo político-administrativo nacional, representando um conjunto do que é o Brasil, seus representantes, diferentes sotaques, manifestações culturais e de pensamento. Se esse núcleo apresenta imperfeições, em nada contribui para isso o local em que se situa. Tanto que quando esteve alojado no Rio de Janeiro ou na Bahia, seu desempenho foi eivado de ocorrências tão questionáveis e lamentáveis como as de hoje. Ou alguém é ingênuo a ponto de imaginar que a corrupção e outros desvios no serviço público começaram no país em abril de 1960, com a inauguração de Brasília?
Na verdade, “o conjunto do que é o Brasil”, aí incluído o elenco de parlamentares que os eleitores de todas as partes do país mandam para cá, é que desagrada aos brasileiros. Não a cidade de Brasília, que, em 47 anos, cresceu e se desenvolveu e é uma das melhores para se viver no Brasil. Uma cidade que reúne uma maioria de pessoas honestas, trabalhadoras e também indignadas ao verem manchada a imagem da sua terra, da “capital de todos os brasileiros”. Claro que ela tem seus defeitos, tem seus corruptos, mas isso todas as cidades os têm. Só que Brasília paga um preço mais alto por ser a capital federal.
A cidade carrega o estigma de dar guarida à roubalheira, às mazelas, às maracutaias, e os brasilienses – as gerações que aqui nasceram e os originários de outras regiões que constituíram família e desenvolveram suas carreiras profissionais neste pedaço do Brasil – acabam sendo co-responsabilizados pelos demais brasileiros.
É muito comum serem chamados de “marajás”, de “lobistas” (no mau sentido da palavra) ou serem questionados jocosamente sobre seu possível envolvimento em cada novo caso de corrupção revelado, além de ouvirem outros comentários desabonadores. São vítimas desse preconceito os padeiros, os jornalistas, os executivos, os pequenos empresários, enfim, um grande número de profissionais e cidadãos que, muitas vezes, não mantêm nenhuma relação direta ou indireta com o poder. Apenas vivem na cidade, ao contrário de muitos protagonistas de escândalos, que usam a capital como palco para suas negociatas, mas têm residência fixa em outros locais. Basta ver o exemplo de políticos mensaleiros, ora processados no Supremo Tribunal Federal, reeleitos com a benção dos mesmos brasileiros que atribuem a Brasília a raiz dos problemas nacionais.
Recuperar e valorizar a imagem do “conjunto do que é o Brasil” é o que os brasilienses pretendem com a mobilização da sociedade civil que será iniciada neste 7 de novembro, sem interferência de políticos ou entes governamentais. A campanha Brasília, meu amor é inspirada no movimento semelhante I love New York, que estabeleceu um marco na história daquela metrópole. Guarda algumas semelhanças com o projeto norte-americano, mas extrapola iniciativas como o Cansei e outros movimentos liderados pela população insatisfeita com esta ou aquela questão. Nossa campanha não se restringe a um período de duração, nem está orientada para a realização de protestos. Pelo contrário, quer trazer à tona discussões sobre o que é preciso fazer para a capital brasileira ser mais respeitada no contexto nacional.
Reside aí a grande força da campanha, que poderá gerar uma onda positiva para o Brasil. Ao mexer diretamente com conceitos que também vão despertar o patriotismo, queremos aflorar no brasileiro um sentimento mais intenso: que ele passe a enxergar com melhores olhos não apenas a capital, mas seu país como um todo. Por isso, os organizadores de Brasília, meu amor – entidades que representam setores produtivos – esperam contagiar outras cidades a fazerem o mesmo: promoverem manifestações, discutirem o futuro de suas regiões, identificarem o que está errado e proporem soluções, além de pressionarem os dirigentes públicos a tomarem atitudes que atendam aos anseios populares. Tanto é assim que a campanha terá sua fase inicial restrita a Brasília, mas, em seguida, ganhará espaço nas demais regiões. A indignação dos brasilienses pretende se transformar em motivo de orgulho de todos os brasileiros.
Fernando Brettas, 45 anos, é presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Distrito Federal (Sinapro/DF) e um dos coordenadores da campanha “Brasília, meu amor”.
terça-feira, outubro 30, 2007
segunda-feira, outubro 29, 2007
Liminar retorna Link à concorrência dos Correios
Texto de Alexandre Zaghi Lemos, extraido do site Meio&Mensagem - www.meioemensagem.com.br
Mandado de segurança concedido pela 1ª Vara Federal de Brasília determinou o retorno da agência Link à concorrência pela conta dos Correios. A principal prejudicada pela liminar é a Propeg, até então primeira colocada na disputa pela verba da fatia chamada Telegrama e avaliada em R$ 22 milhões anuais.
A conta dos Correios será dividida em três partes, sendo que nas outras duas a liderança momentânea está com Artplan (verba de Sedex, estimada em R$ 45 milhões) e Casablanca (R$ 23 milhões da comunicação institucional). Com sua volta, a Link seria também a primeira colocada na disputa institucional, mas as regras não permitem acumulo de duas fatias em uma única agência.
"Recebemos a decisão judicial na terça-feria, dia 23, e temos um prazo para apresentar nossa defesa", salienta Júlio Cezar Chaurais, presidente da comissão especial de licitação dos Correios. A decisão liminar ainda depende de confirmação, para a qual a justiça levará em conta a defesa dos Correios e o pronunciamento do ministério público federal sobre a questão. Como é a maior prejudicada pelo retorno da Link, a Propeg já decidiu que pedirá a cassação da liminar.
Segundo Chaurais, apesar do mandado de segurança, a concorrência continua normalmente, por enquanto com a Link novamente no páreo. Na próxima semana, a comissão especial de licitação analisa o recurso apresentado no dia 19 pela Young & Rubicam, que questiona sua desclassificação. Somente depois disso, possivelmente na primeira semana de novembro, ocorrerá a abertura dos envelopes com as propostas de preço das agências que se mantém na disputa: Agnelo Pacheco, Artplan, Casablanca, Contexto, DCS, Propeg, PPR e Publicis, além da Link. A concorrência começou em maio, quando foram habilitadas 29 agências.
Os Correios estão sem agência desde dezembro do ano passado quando o TCU determinou a não renovação dos contratos com Giovanni+Draftfcb e Link, iniciados em 2003. Já o relacionamento com a terceira agência, a mineira SMPB, foi interrompido na época da crise do mensalão.
Mandado de segurança concedido pela 1ª Vara Federal de Brasília determinou o retorno da agência Link à concorrência pela conta dos Correios. A principal prejudicada pela liminar é a Propeg, até então primeira colocada na disputa pela verba da fatia chamada Telegrama e avaliada em R$ 22 milhões anuais.
A conta dos Correios será dividida em três partes, sendo que nas outras duas a liderança momentânea está com Artplan (verba de Sedex, estimada em R$ 45 milhões) e Casablanca (R$ 23 milhões da comunicação institucional). Com sua volta, a Link seria também a primeira colocada na disputa institucional, mas as regras não permitem acumulo de duas fatias em uma única agência.
"Recebemos a decisão judicial na terça-feria, dia 23, e temos um prazo para apresentar nossa defesa", salienta Júlio Cezar Chaurais, presidente da comissão especial de licitação dos Correios. A decisão liminar ainda depende de confirmação, para a qual a justiça levará em conta a defesa dos Correios e o pronunciamento do ministério público federal sobre a questão. Como é a maior prejudicada pelo retorno da Link, a Propeg já decidiu que pedirá a cassação da liminar.
Segundo Chaurais, apesar do mandado de segurança, a concorrência continua normalmente, por enquanto com a Link novamente no páreo. Na próxima semana, a comissão especial de licitação analisa o recurso apresentado no dia 19 pela Young & Rubicam, que questiona sua desclassificação. Somente depois disso, possivelmente na primeira semana de novembro, ocorrerá a abertura dos envelopes com as propostas de preço das agências que se mantém na disputa: Agnelo Pacheco, Artplan, Casablanca, Contexto, DCS, Propeg, PPR e Publicis, além da Link. A concorrência começou em maio, quando foram habilitadas 29 agências.
Os Correios estão sem agência desde dezembro do ano passado quando o TCU determinou a não renovação dos contratos com Giovanni+Draftfcb e Link, iniciados em 2003. Já o relacionamento com a terceira agência, a mineira SMPB, foi interrompido na época da crise do mensalão.
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Matérias sobre contratos e licitações
sexta-feira, outubro 26, 2007
Agência3 lidera concorrência por Eletrobrás
A Agência3 levou a melhor na avaliação técnica entre as dezesseis participantes que estão na disputa pela conta da Eletrobrás, que conta com verba estipulada em R$ 27 milhões para 2008. Com 96,82 pontos, a agência ficou à frente de D&M (96,36) e DPZ (95,78). Os envelopes com preço serão abertos no dia 07 de novembro.
Acompanhe a classificação das dez primeiras colocadas:
1º - Agência3 - 96,82 pontos
2º - D&M - 96,36 pontos
3º - DPZ - 95,78 pontos
4º - Giovanni+DraftFCB - 93,70 pontos
5º - Contemporânea - 93,18 pontos
6º - McCann Erickson - 93,10 pontos
7º - Y&R - 91,92 pontos
8º - Giacometti Propaganda - 90,82 pontos
9º - BorghiErh/Lowe - 86,54 pontos
10º - Sotaque Propaganda - 84,40 pontos
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Matérias sobre contratos e licitações
quinta-feira, outubro 25, 2007
terça-feira, outubro 23, 2007
Revista Terra da Gente
A Revista Terra da Gente é uma publicação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com o INCRA. O conteúdo da revista foca as políticas públicas que compõe um modelo de desenvolvimento rural sustentável, capaz de fzer do campo brasileiro um espaço de produção abundante com mais justiça social e distribuição de renda.
Com fotos belíssimas e textos agradáveis, a leitura da revista nos faz conhecer um novo modelo de desenvolvimento rural e agrícola patrocinado pelo Governo Federal. Vale a leitura.
Com fotos belíssimas e textos agradáveis, a leitura da revista nos faz conhecer um novo modelo de desenvolvimento rural e agrícola patrocinado pelo Governo Federal. Vale a leitura.
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Publicações
sexta-feira, outubro 19, 2007
Salve uma pessoa do trabalho escravo
A Produradoria Regional do Trabalho de São Paulo produziu uma campanha para estimular a denuncia de casos de trabalho escravo.
TEXTO: Você pode salvar uma pessoa do trabalho escravo com uma simples denúncia.
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Campanha de Utilidade Pública
quinta-feira, outubro 18, 2007
Na Tela - Batismo de Sangue
Esse filme é foda!!! Caio Blat está brilhante. Um filme que resgata, sem sensacionalismo barato, os tensos ambientes social e político da ditadura militar.
Batismo de Sangue ainda não teve o devido reconhecimento da mídia e dos brasileiros.
Recomendo!!!!!
Batismo de Sangue ainda não teve o devido reconhecimento da mídia e dos brasileiros.
Recomendo!!!!!
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Dica de filme
Observatório do Direito à Comunicação
A melhor fonte de informação sobre o que se passa no mundo digital é hoje, no Brasil, o site Observatório do Direito à Comunicação http://www.direitoacomunicacao.org.br/.
Editado por Diogo Moyses e Michelle Prazeres, ele é “uma iniciativa do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, cujo objetivo central é criar um ambiente de acompanhamento, fiscalização e reflexão sobre as políticas públicas do campo da comunicação. Com o Observatório, o Intervozes pretende reunir, organizar e oferecer às pessoas e organizações da sociedade civil envolvidas na luta pelo direito à comunicação referências concretas que potencializem sua intervenção política, no Brasil e em fóruns internacionais”.
Os textos (notícias, análises, biblioteca, entrevistas e agenda) estão agrupados em torno de nove editorias: comunicação popular e comunitária; políticas culturais; convergência, internet e inclusão digital; comunicação e educação; liberdade de expressão e exercício profissional; radio e TV digital; conteúdo e programação; concessão e propriedade dos meios; e propriedade intelectual.
O site divulga um boletim e tem um serviço eficiente de RSS (feeds ou agregadores de conteúdo), que permite seguir as atualizações dos distintos tipos de matérias em tempo real – ver http://www.direitoacomunicacao.org.br/novo/listar_rss.php/.
FONTE: www.aepidemia.org/blog
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Fontes de informação
quarta-feira, outubro 17, 2007
Mais Brasil para brasileiros
O Governo Federal lançou a campanha Mais Brasil, esforço de comunicação que visa ¨divulgar as ações do governo federal de desenvolvimento sustentado com redução das desigualdades sociais", afirmou o subsecretário de comunicação integrada da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, José Otaviano Pereira.
A distribuição dos R$ 38 milhões entre os veículos assegurou mais de 70% para as mídias em rádio e televisão, sendo que o rádio ficou com R$ 15 milhões, as TVs abertas com R$ 10 milhões e por assinatura com R$ 3 milhões. O investimento em internet será de R$ 3,5 milhões, em jornal também R$ 3,5 milhões e para a mídia de cinema R$ 600 mil. Os R$ 2,4 milhões que sobram do montante seriam destinados para divulgação em meio impresso. A definição sobre a utilização dessa mídia deverá ser anunciada nos próximos dias.
O Planalto anunciou a pulverização das peças em 1.100 emissoras de rádio em 100 mil municípios de todo País. A campanha será executada pela agência Matisse Comunicação & Planejamento. As demais peças, que serão veiculadas em internet, TV e jornais serão coordenadas pela Lew'Lara.
Para escutar os spots e conheçer as principais ações do Governo Federal em infra-estrutura, desenvolvimento social, cultura, educação, juventude e segurança, acesse - www.maisbrasil.gov.br
A distribuição dos R$ 38 milhões entre os veículos assegurou mais de 70% para as mídias em rádio e televisão, sendo que o rádio ficou com R$ 15 milhões, as TVs abertas com R$ 10 milhões e por assinatura com R$ 3 milhões. O investimento em internet será de R$ 3,5 milhões, em jornal também R$ 3,5 milhões e para a mídia de cinema R$ 600 mil. Os R$ 2,4 milhões que sobram do montante seriam destinados para divulgação em meio impresso. A definição sobre a utilização dessa mídia deverá ser anunciada nos próximos dias.
O Planalto anunciou a pulverização das peças em 1.100 emissoras de rádio em 100 mil municípios de todo País. A campanha será executada pela agência Matisse Comunicação & Planejamento. As demais peças, que serão veiculadas em internet, TV e jornais serão coordenadas pela Lew'Lara.
Para escutar os spots e conheçer as principais ações do Governo Federal em infra-estrutura, desenvolvimento social, cultura, educação, juventude e segurança, acesse - www.maisbrasil.gov.br
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Campanha Institucional
TCU pode flexibilizar regras sobre publicidade
O Tribunal de Contas da União (TCU) - maior fiscalizador estatal - deverá se pronunciar nos próximos dias sobre a sua decisão em relação aos contratos de publicidade do governo.
O ministro Marcos Vilaça, responsável pelo reexame da matéria, não tem se pronunciado sobre o assunto. Mas expectativa do mercado e do governo é que ainda neste mês, com a resolução finalizada, seja possível trabalhar de maneira mais objetiva sobre os contratos a serem feitos.
O subsecretário de comunicação integrada da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, José Otaviano Pereira, disse que o Palácio do Planalto está otimista com relação a essa decião. Ele afirmou que, apesar das restrições importas pelo TCU para contratação de agências desde o caso do "mensalão", em 2005, envolvendo os Correios, as contratações do governo e ou das estatais não têm sido comprometidas. Pereira informou que licitações como a da Petrobras transcorreram dentro da normalidade e avaliou que os problemas nas contratações dos Correios ocorre por questões específicas do procedimento adotado pela empresa pública.
"Acreditamos que o TCU poderá definir com tranqüilidade e celeridade. Estamos otimistas e apostamos na flexibilização das regras devido aos esclarecimentos que foram prestados pelo governo e pelo próprio mercado publicitário", afirmou Pereira.
Em agosto, o ministro Marcos Vilaça ouviu representantes do setor de publicidade e propaganda e do governo sobre o tema.
A proposta é chegar a um equilíbrio entre os princípios das licitações na esfera pública e as práticas de um mercado muito particular como o de publicidade.
O ministro Marcos Vilaça, responsável pelo reexame da matéria, não tem se pronunciado sobre o assunto. Mas expectativa do mercado e do governo é que ainda neste mês, com a resolução finalizada, seja possível trabalhar de maneira mais objetiva sobre os contratos a serem feitos.
O subsecretário de comunicação integrada da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, José Otaviano Pereira, disse que o Palácio do Planalto está otimista com relação a essa decião. Ele afirmou que, apesar das restrições importas pelo TCU para contratação de agências desde o caso do "mensalão", em 2005, envolvendo os Correios, as contratações do governo e ou das estatais não têm sido comprometidas. Pereira informou que licitações como a da Petrobras transcorreram dentro da normalidade e avaliou que os problemas nas contratações dos Correios ocorre por questões específicas do procedimento adotado pela empresa pública.
"Acreditamos que o TCU poderá definir com tranqüilidade e celeridade. Estamos otimistas e apostamos na flexibilização das regras devido aos esclarecimentos que foram prestados pelo governo e pelo próprio mercado publicitário", afirmou Pereira.
Em agosto, o ministro Marcos Vilaça ouviu representantes do setor de publicidade e propaganda e do governo sobre o tema.
A proposta é chegar a um equilíbrio entre os princípios das licitações na esfera pública e as práticas de um mercado muito particular como o de publicidade.
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Matérias sobre contratos e licitações
Coverno Federal competindo no mercado financeiro
O jornal Valor Econômico publicou o Guia Valor Financeiro, que trouxe informações sobre as principais gestoras de Private Equity e Venture Capital do país.
Para os leigos como eu em mercado financeiro, Private Equity e Venture Capital são operações gerenciadas pelos chamados veículos de investimentos, como fundos por exemplo, que compram participações em empresas com o objetivo de vendê-las dentro de certo período.
O objetivo do Guia é desenvolver e disseminar o conhecimento sobre Private Equity e Venture Capital, divulgando o tema e formando profissionais na área.
Por ser pioneiro em aplicações nos fundos Private Equity e Venture Capital do Brasil, o BNDS publicou no Guia Valor Financeiro um anúncio mercadológico, com conceito de utilidade público divulgando a atuação do banco no mecado financeiro.
A FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos - orgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia também publicou um anúncio no guia, oferecendo financiamento para pequenas e médias empresas aplicarem em fundos Venture Capital.
Para os leigos como eu em mercado financeiro, Private Equity e Venture Capital são operações gerenciadas pelos chamados veículos de investimentos, como fundos por exemplo, que compram participações em empresas com o objetivo de vendê-las dentro de certo período.
O objetivo do Guia é desenvolver e disseminar o conhecimento sobre Private Equity e Venture Capital, divulgando o tema e formando profissionais na área.
Por ser pioneiro em aplicações nos fundos Private Equity e Venture Capital do Brasil, o BNDS publicou no Guia Valor Financeiro um anúncio mercadológico, com conceito de utilidade público divulgando a atuação do banco no mecado financeiro.
A FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos - orgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia também publicou um anúncio no guia, oferecendo financiamento para pequenas e médias empresas aplicarem em fundos Venture Capital.
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Campanha Mercadológica
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