quarta-feira, janeiro 31, 2007

Marketeiro de Ivo Cassol processa veículos

Da Redação do Site Comunique-se

O publicitário Jarí Luiz, marketeiro do governador de Rondônia Ivo Cassol (MD), entrou na justiça com pedido de indenização contra os jornalistas Rubens Coutinho, Valmir Miranda, Everaldo Alves Fogaça e Robinson dos Santos Pereira. Na mesma ação, ele quer ser indenizado pelo jornal Diário da Amazônia, pelos sites tudorondonia, impactorondonia, O Observador e o blog everaldofogaca.com.br. Jarí alega ter sofrido danos morais em uma matéria publicada pelo Diário da Amazônia e reproduzida pelos sites.

A matéria informava que a NDA Comunicação, cujo um dos sócios é o próprio Jarí Luiz, responsável pela mídia institucional, criou uma empresa chamada Norte.com para produzir a campanha eleitoral da coligação “O trabalho continua”. Porém, todos os recursos utilizados pela Norte.com eram da NDA, configurando abuso de poder econômico, pois a NDA é mantida com verba do governo.

Everaldo Fogaça, editor-chefe do Diário, e um dos jornalistas processados, vê essa ação como um retrocesso à democracia. “Ele tem todo o direito de processar quem ele quiser, mas ele pediu censura prévia para todos os veículos, pedindo que eles fiquem proibidos de publicar o nome dele. Além disso, ele é um servidor público e precisa prestar contas de como é distribuído esse dinheiro público. E o que ele não quer é isso: ser questionado” declara.

Guerra política
Uma nota do site tudorondonia.com.br afirma que, no estado há uma "verdadeira guerra" política, pois os veículos e profissionais processados fazem parte do grupo que “mantém independência econômica e editorial em relação ao Governo do Estado de Rondônia”.

O publicitário foi procurado pela reportagem que deixou diversos recados. Jarí Luiz não foi encontrado e nem retornou os telefonemas. No último contato, sua secretária solicitou um e-mail com as perguntas que não foi respondido até o fechamento desta matéria.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Se essa moda pega no Brasil.........

Por PCosta



Visibilidade!!!! Essa é a palavra que mais interessa a qualquer candidato a cargo público. Querem exposição midiática favorável. Aparecer nos principais veículos de comunicação - jornais, revistas, rádio e televisão, de modo que renda o máximo de visibilidade e benefícios junto ao público.

Para tanto, uma das forma de manter o candidato na mídia é produzir artificialmente fatos que possam simplesmente converter-se em notícia. De preferência, fatos que são favoráveis as pautas dos grandes veículos.

Nesse sentido, a constante exposição de imagem é uma tentativa estrategica de construir um CACIFE eleitoral imaginário, a fim de potencializar publicamente a percepção de que determinado candidato tem mais chances de vitória sobre os outros.

E ao que tudo indica, não só os marqueteiros políticos entendem de ferramentas de comunicação, pois se depender dos costureiros, os americanos ¨vestirão¨ a senadora Hillary Clinton das pés a cabeça, tornando-a cotadíssima para assumir a Casa Branca em 2008.

Mas por outro lado, se essa moda pega no Brasil.......... brevemente seremos surpreendidos nas ruas com o rosto da Erundina (PSB-SP), da Idelí Salvati (PT-SC) ou da Zulaiê Cobra (PSDB-SP) estampados em saias e camisetas. Ou quem sabe do Clodovil (PTC-SP) ???

segunda-feira, janeiro 29, 2007

A desqualificação da propaganda

Por PCosta


Matéria publicada na Folha de S. Paulo, dia 28/01/07

A declaração de Gustavo Franco, economista e ex-presidente do Banco Central na gestão FHC (1997/99) é legítima no jogo político moderno, uma vez que partidos e atores públicos usam veículos de comunicação como arena de confronto de posições, na intenção de sustentar argumentos e anular qualquer avanço do interesse oposto.

Porém, a declaração do economista deve ser recebida pelo mercado publicitário com preocupação, já que a PROPAGANDA foi reduzida a termo desqualificador do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal. Ainda conforme Franco, a propaganda foi estrategicamanete empregada como ferramenta de entretenimento, a fim de ocultar a irrelevância que o PAC terá no desenvolvimento econômico e sociual do Brasil.

Pior que reduzir a propaganda a mero instrumento de visibilidade de pessoas e grupos políticos, é impor um discurso político que transforma a PROPAGANDA em adjetivo que desqualifica, entre outras coisas, a transmissão de informações de Estado em conformidade com o interesse público.

sábado, janeiro 27, 2007

Na estante - Transformação da política na era da comunicação de massa


Autor: Wilson Gomes
Editora: Paulus - www.paulus.com.br
Preço médio: R$43,00

"se começarmos por examinar o vetor que vai da política aos negócios, veremos que o mundo da política tenta conseguir, do mundo dos nengócios, doações para campanhas e/ou dinheiro para "caixinha" usando cacife eleitoral provocado por uma superexposição midiática positiva de agentes e grupos em disputa na arena política. A metáfora do cacife faz sentido à medida que, para satisfazer os cálculos de ganho e de interesse do mundo dos negócios, o agente da política em campanhas precisa parecer ter chances de vencer a eleição. Uma das formas de assegurar as suas chances é, justamente, a boa repercussão no sistema informativo da comunicação de discursos, declarações e atos do candidato"
Trecho do livro, extraído da página 150.

"estar distante dos proprietários dos meios de comunicação e dos diretores de redação, por exemplo, pode ser fatal para a sobrevivência política, mesmo para a existência política realmente muito forte no interior do campo da política"
Trecho do livro, extraído da página 160.

"há ainda o expediente da barganha entre mundo política e empresas de comunicação, em que o primeiro oferece recursos políticos, como verbas publicitárias públicas, concessões de rádio e televisão, empréstimos e financiamentos públicos, em troca do recurso midiático (exposição positiva, campanha favorável)"
Trecho do livro, extraído da página 161.

"as empresas brasileiras de comunicação sustentam-se basicamente em duas fontes: a propaganda governamental e os grandes anunciantes privados"
Trecho do livro, extraído da página 154.

"quando o governo contribui com a empresa de comunicação através da publicidade oficial, frequentemente autoriza-se a pretender retribuição na forma de boa vontade editoral"
Trecho do livro, extraído da página 161.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Cidade Limpa: um avanço social!!!!

Por PCosta

Sem entrar no mérito sobre os prejuízos que as empresas de mídia exterior provavelmente amargarão, dois motivos me levam a reconhecer o projeto Cidade Limpa como um avanço social, uma decisão cidadã da prefeitura de São Paulo e exemplo para administradores públicos de outros grandes centros brasileiros.

Primeiro porque traz benefícios para a relação cidade/habitante, pois reduz a poluição visual e amplia as possibilidades de interação dos paulistanos com o espaço urbano, uma vez que as belezas físicas e naturais da cidade ficarão mais perceptíveis frente a correria diária.

Segundo porque é um importante passo para a construção de políticas públicas de comunicação regionais, pois demonstra que decisões de governo, regulamentando veículos publicitários, podem ser tomadas com foco na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, sem gerar desgastes a imagem do administrador público.



Foto publicada na revista Meio&Mensagen, nº1240 - 08/01/2007

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Visibilidade politica ou demanda social????

Por PCosta

A ampla utilização de ferramentas de marketing no jogo político está distorcendo a função democrática da comunicação, uma vez que os ¨cultuados¨ marqueteiros, com auxílio de pesquisas, transformam a carência da sociedade brasileira por políticas públicas eficientes em produto político.

Mas essas mentes brilhantes ignoram que políticas públicas, criadas única e exclusivamente como cartada eleitoral ou instrumento de visibilidade da administração pública não configuram-se como demanda social. Logo, encontram resistência dos agentes operacionais, críticas da sociedade civil, da imprensa e assim, raramente avanção além das campanhas publicitárias.


Nota publicada na Folha de S. Paulo, seção PAINEL - dia 23/01/07

Para ampliar, clique na imagem.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Começa o desafio!!!!!!

Hoje inicio uma grande pesquisa sobre a evolução da propaganda e publicidade do Governo Federal. São mais de 100 anos de atividades, desde a primeira ação de comunicação, registrada em 1892, até o início do segundo mandato do Presidente Lula.

Logo, terei que garimpar informações em arquivos públicos, bibliotecas, sites, livros e na memória de diversos atores que fizeram parte de todo o processo. Para registar essa jornada, narrarei aqui desafios e avanços, além de publicar documentos, referências de livros, fotos, entrevistas e peças publicitárias.

Sei que a tarefa não é fácil, mas a safistação de resgatar toda história da comunicação governamental alimenta meu entusiasmo. E a recompensa virá com a publicação dessa pesquisa , que acredito servirá como referência para muitos profissionais, estudiosos e outros interessados pelo tema.



Fonte: Site Senado Federal Para ampliar, clique na imagem