quinta-feira, maio 31, 2007

Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Próstata

Campanha da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) que, além de conscientizar a população sobre a importância da prevenção, cobra do governo políticas públicas que beneficiem principalmente os pacientes que recorrem aos hospitais públicos.



Hoje, cerca de 25% dos tumores malignos que afetam os homens são de origem urológica. Entre os mais comuns estão o de próstata, o de pênis, o de bexiga e o de testículo. O câncer de próstata é o mais freqüente nos homens e o segundo maior causador de mortes no Brasil. A estimativa de casos em 2006, de acordo com o Inca, foi de 47.280 casos, sendo que a maior incidência está respectivamente na região Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Frente a estes dados, a SBU promove todo ano a Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Próstata.

A última ação teve como estratégia de comunicação a distribuição de 500 mil panfletos explicativos, além de faixas estendidas em campo nos intervalos dos dois finais de semana em 20 estádios de futebol durante o Campeonato Brasileiro de 2006. O ex-craque da seleção brasileira de futebol Sócrates foi o padrinho da iniciativa, substituindo o ator Tony Ramos, estrela de 2005. O slogan veiculados nas peças é o seguinte: "Não precisa ser doutor para saber da importância do exame de próstata".

Ou seja, o objetivo da campanha foi além da conscientização da população sobre a doença. A entidade cobrou do governo a distribuição de remédios gratuitos para o tratamento da hiperplasia prostática, enfermidade que atinge cerca de 90% dos homens a partir dos 45 anos, e garantir que as cirurgias nos hospitais públicos sejam realizadas em menos tempo. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia, quem recorre ao SUS não recebe estes medicamentos e tem de esperar de seis meses a um ano por uma cirurgia.

"É muito mais vantajoso para o governo oferecer o medicamento que custa no varejo cerca de R$ 30 por mês e será utilizado por cerca de seis meses. A cirurgia pode custar o equivalente a 15 anos de remédios", explica o presidente da SBU, Dr. Sidney Glina, informando que a entidade já cobrou ações ao Ministério da Saúde por meio de carta entregue em maio do ano passado. Ele ainda confirma que, enquanto o paciente está na fila de espera, o tumor pode evoluir. "Embora a evolução do câncer de próstata seja lenta, pois leva cerca de seis a sete anos para formar metástases, o tempo perdido na espera pode permitir que o tumor cresça. Por outro lado, se a neoplasia for diagnosticada tarde, corre o risco de não poder ser curada", alerta.

Logo, todo esforço de comunicação é fundamental para reduzir as mortes causadas por câncer de próstata, uma vez que quanta mais cedo diagnosticado, mais fácil será a cura.

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