quarta-feira, abril 18, 2007
Ministro da Saúde abre fogo contra a publicidade
Se depender do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, as campanhas publicitárias de bebidas alcoólicas e comidas industrializadas estão com os dias contados. Ou no mínimo, a linguagem das peças será imediatamente mudada.
No programa Roda Viva dessa semana, ao afirmar que "a estética dos comerciais só contribui para o aumento de doenças cardiovasculares", o ministro fez um ataque direto a publicidade. Segundo ele, as ações de comunicação de bebidas, fast-foods, comidas prontas e cigarro reduzem a qualidade de vida dos brasileiros, uma vez que estimulam o uso de bebidas alcoólicas e do tabaco, a má alimentação e o abandono de exercícios físicos. Ou seja, a publicidade contribui para a redução da prática de hábitos saudáveis, principalmente entre os jovens, fato que já gerou um grave problema de saúde pública no Brasil.
Para tentar reduzir os efeitos dessa publicidade nociva, Temporão afirmou que o Ministério da Saúde chamará a FENAPRO, o CONAR e os anunciantes para uma conversa.
Sem dúvida, a iniciativa é boa, mas faz-se necessário envolver a sociedade brasileira no debate, uma vez que não adianta eleger alguns produtos como inimigos número 1 da saúde e simplesmente proibir qualquer ação publicitária.
Em paises que reduziram a incidência de doenças cardivasculares, as experiência mostram que a troca de informações entre sociedade e governo foi fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população. Ao que tudo indica, nada melhor que o investimento na boa e velha informação de utilidade pública, deixando para o cidadão decidir, conscientemente, qual produto deve consumir. Ou boicotar.
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